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Olá

Aqui está sendo construída uma plataforma virtual que se propõe a disponibilizar serviços e espaços que envolvam a edificação de conhecimento em saúde para pessoas trans, através da troca de informações e vivências com profissionais de área de saúde.

É um campo virtual e, portanto, sem fronteiras, que sempre estará se redesenhando mas sem permitir nenhum tipo de retrocesso. A autoridade epistêmica da pessoa trans é prioridade em qualquer decisão tomada e qualquer ação efetuada. 

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Motivação

          Privilégio é sobre desigualdades. E por não ser conquista, mas herança, não carrega intrínseca responsabilidade. Entretanto, o indivíduo consciente de que, inserido em uma sociedade formada por pessoas igualmente humanas, usufrui de benefícios que se impuseram pela via do acaso, precisa ativamente agir para redistribuir acessos. Nesse caso, a direitos básicos e essenciais, como o de existir. Reconhecer os privilégios como uma missão e ter como fundamento o princípio da equidade, impulsionam a intenção de utilizá-los para atenuar situações de vulnerabilidade. Dar voz à grupos que sofreram apagamento é uma reparação. Afinal, "Pode o subalterno falar?"

          Aqui se destaca que, atravessando o emaranhado de fatores que definem um contexto discursivo, a cisgeneridade é um marcador significativo de privilégios que determinam as vivências que se enfrentam. Entendendo as fronteiras que a representatividade convida a projetar, põe-se à disposição o alcance que o discurso médico pode ter, pela disposição da sociedade em ouvi-lo, para que sejam destacadas as ideias e demandas de pessoas trans. Mais que as ideias, que sejam vistas e ouvidas as pessoas falando sobre si e com validação e reconhecimento da autoridade epistêmica de suas determinações.

            Linda Alcoff discute como o ato de falar sobre os outros pode resultar em falar por eles e, assim, silenciá-los. Tendo cuidado para não reforçar as posições ocupadas e sempre convidando pessoas trans a atravessar e deslocar fronteiras, ocupando os espaços que quiserem do projeto e das narrativas, é possível elaborar um conhecimento em saúde válido e representativo, sem imposições, reconhecendo enquanto válidas as expectativas dos outros sobre si e não utilizando critérios baseados em uma suposta normalidade cisnormativa. O objetivo não é objetificar a pauta para projetar um discurso, ao contrário, o projeta convoca o sistema de saúde personificado em seus atores a silenciar e ouvir o que as pessoas trans tem a dizer, dito por elas mesmas.

Objetivo

          Propõe-se uma plataforma virtual gratuita para elaboração de conhecimento e cuidados de saúde para pessoas trans, através de um diálogo horizontal com uma equipe multiprofissional, que promove interação dialética entre ciência e experiência. Parte-se do movimento essencial de desarticulação do biopoder, devolvendo às pessoas trans a autoridade epistêmica sobre si e suas demandas, orientando os profissionais de saúde sobre quais questões precisam de respostas técnicas. Além disso, democratizar o acesso à informação e ao cuidado em saúde com equidade é uma reparação histórica que depende da participação ativa de quem ocupa lugares de privilégio; a partir dessa concepção é que o atendimento gratuito estabelece uma ponte de acesso, ao mesmo tempo que reaproxima a equipe multiprofissional de um tema negligenciado durante a sua formação profissional.

Segmentos propostos

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